sábado, 24 de agosto de 2013

Parodiando Sonetos

Uma das competências/habilidades que deve ser trabalhadas neste 3º bimestre no Currículo Mínimo da 1ª série do EM é reconhecer na preferência pelo soneto o resgate de formas e temas da Antiguidade Clássica.
Nos dias 19, 20 e 21 de agosto, a professora de Língua Portuguesa, Gabriela Sobral, juntamente com a Agente de Leitura, Ruth Carvalho, criaram uma forma diferenciada e atrativa de trabalhar sonetos. Os sonetos eram uma das formas preferidas de grandes nomes da Literatura, como Shekespeare e também Camões que criou um dos sonetos mais famosos, conhecido e recitado até hoje: "Amor é fogo que arde sem se ver" ao qual escrevia de forma estritamente poética; e não menos importante, nosso querido eterno Vinicius de Moraes. Ao estudar Literatura, esses são um dos nomes que mais se ouve falar. Falando de uma maneira geral, cada soneto envolve sons e imagens para apresentar um argumento ao leitor e nada melhor que aprender a fazer, fazendo. Por isso, aproveitando do conceito paródia e com o tema Gravidez na Adolescência (sugerido pela Agente de Leitura, Ruth Carvalho), foi proposto aos educandos o desafio de criar uma paródia (por equipe) com a estrutura do soneto pesquisado e escolhido por eles dentre os livros selecionados... A seguir imagens das professoras orientadoras deste trabalho.






Abaixo temos o registro das criações das equipes:
Alunos: Kelliton Oliveira, Maria José, João Cassio e Milena Dias

Título: Epitáfio

Aqui jaz a inocência
que gerou a semente
e deu à luz na adolescência
ato inconsequente.

O mágico amor
de mãos luminosas
que fundou a semente
e a fez crescer

Aqui jaz a inocência
a menina meiga
já é mãe.
Possui forma de mulher
que morreu no parto.

Alunas: Bruna Alves, Valéria e Larissa de Fátima

Amor é fogo que arde sem se ver
nasce um inocente
 sem perceber
fruto de um inconsequente amor.

O amor assim tão delicado
nenhum homem daria
talvez seja pecado
apostar na alegria.

É um não querer que nos faz sofrer
Pode ser alegria, mas faz doer
Em nove meses irá ver.

Sofro com a distância
ela só me faz sofrer
jamais vou conseguir esquecer.

Alunas: Maria Izabel, Raquel e Larissa Faria

Soneto do Inesperado

Que angústia estar sozinho na tristeza
e na prece! Que angústia estar grávida
imensamente, na inocência acesa
à noite, em brancas trevas à vida.

Na vida uma adolescência perdia
Unindo as almas frias à beleza
Fruto de uma grande fraqueza
Um sonho inesperado de dar uma vida.

Irremediável, muito inesperável
Tanto como essa criança
Pura, sensível e inefável.

Que angústia estar sozinha
Nessa nova etapa da vida
Ao despertar a flor do céu.

Alunos: Matheus Weslley (Ceará), Maurício Moura, Thiago Lima e Lucas de Almeida



Maior Amor

Isto que sinto em mim, será delírio?
Será, Helena, tudo que quiseres
Mas amar-te entre todas as mulheres
É meu gozo e também meu martírio.

Uma linda mulher com os seios em repouso
Nua e quente de sol, és tudo a que eu preciso
O ventre terno, a pele úmida, em sorriso só
A flor dos lábios entreabertos para o Gozo.

Quando um virgem deixa de ser
A blindagem tem de usar
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste.

Alunas: Mileide de Melo, Judith Almeida e Lorena


Sexo sem prevenção
Gera o terrível aborto
Ruim como um veneno
O amor era como uma flor

Não permaneceu no mundo
Em uma tarde vi indo embora
Vadio foi o descuido
Gerado na adolescência.

Foi um descuido
Muito louco
Da prevenção não lembrou.

Nele um quadro de amor
O olhar azul e frio
O aborto virou.


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